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Olá, eu sou a Ana, mãe de 2 pequenos, professora e exploradora do Método Montessori em casa e na escola. Sê bem-vind@ ao meu blog ❤️

domingo, 26 de setembro de 2021

Realidade nova, vida nova!

É verdade, assim, de repente, em vez de Alentejo, que era o que esperávamos, fiquei antes colocada numa das maiores cidades nortenhas, que é a cidade onde cresci.

Por um lado, ficámos muito contentes por voltar a ficar perto da família.

Por outro, a readaptação tem tido que se lhe diga. O clima é diferente. A falta de mais espaços naturais torna tudo também muito diferente. As pessoas, com o tempo, estão diferentes. A casa é diferente. A vida é diferente.

Mas uma coisa é certa: desta vez, estou a dar aulas a crianças que eu já conheço muito bem. Posso não conhecer estas em específico, mas o background de cada uma delas já não é novidade para mim, que cresci nesta cidade e conheço a sua forma de estar e a sua essência. E as pessoas do norte têm características específicas, e sendo a genuinidade uma delas, aqui não há espaço para tretas: o que é preciso dizer-se diz-se e pronto. Há também muito mais abertura para diferentes métodos, pessoas e realidades. E aqui, as pessoas apoiam-se mais, digam o que disserem. Sempre foi uma das características que mais amei no norte. É por isso que, quando se chega aqui, sente-se logo a diferença nas pessoas. 

Bem, ao fim de semana e meia com esta turma, rapidamente percebi que, só com o apoio de Montessori, é que conseguirei recuperar esta turma de dois confinamentos e mais umas quantas quarentenas. Esta turma passou por muito. Sozinha, nunca conseguiria dar conta do recado. Mas com Montessori, não estarei "sozinha" 😊😊😊 

Então, aos poucos, lá vou eu trazendo para a sala materiais para promover a auto-aprendizagem e a auto-descoberta. 

Problemas logo sentidos:

- a sala é super pequena, e a turma enche-a deixando pouco espaço para movimentação. Estas salas pequenas não foram pensadas para estas idades, e muito menos para Pandemias. As mesas são para dois e têm um acrílico a separá-las. Ainda assim, as crianças são crianças, são resilientes e encontram soluções. Quando há partilha de conhecimento, elas colocam as máscaras para poderem estar e ajudar os outros, e higienizam com frequência as mãos.

- a sala tem apenas dois armários embutidos. Certo que são grandes. Então, um deles é necessário para todo o material desta turma (dossiers, papel, plasticina, materiais para Expressões), pelo que fico com o outro para colocar materiais Montessori e Montessori Friendly. Não sei se vai dar para estantes temáticas. Será muito bom se conseguir ter todos os materiais de que necessito neste espaço, mas claro, vou tentar!

- não vai dar para Montessori puro, claro. Tenho as minhas dúvidas se alguma vez será possível na escola pública, com as obrigações que temos a nível de currículo, documentos, avaliações, etc. Mas já será muito bom se, de alguma forma, a Educação Cósmica conseguir chegar a estes alunos. Pelas relações entre eles, e alguns conflitos, já concluí que a Educação Cósmica pode ajudar, e muito, a aprender mais sobre eles próprios, os outros e o nosso papel no planeta.

Aqui estão as imagens de algumas alterações, iniciais, que estou a fazer:








sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Letras cursivas com indicações - adaptação para Montessori

 


Decidi fazer esta adaptação agora que o meu moço mais velho vai para o 1.o ano. (😅😅😅 caramba, que o tempo está a passar depressa!!!)

Basicamente, usei estas folhas de fundo que imprimi com as cores do meu alfabeto móvel (vogais vermelhas e consoantes azuis).

Depois, imprimi as lindas letras que Deborah Elias, do blog Learning Without Borders, partilha generosamente e gratuitamente aqui (explorem também o blog, tem imprimíveis muito giros!):

https://learningwithoutb.blogspot.com/2021/03/cartoes-alfabeto-manuscrito.html

E plim, vamos a ver se são úteis ou não. De qualquer forma, como sou professora, sei que este tipo de materiais serão sempre úteis na minha sala de aula. E ficam tão bonitas, não ficam? 😊😊😊

Até breve!



sábado, 4 de setembro de 2021

Reflexão: 3 anos de uma turma mista no Alentejo 🙏🙏🙏

Que conclusões tirar de 3 anos, de turmas mistas de 3, depois 4 e este ano 2 anos de escolaridade e com um foco Montessori como guia para o processo de ensino-aprendizagem na escola pública?

Foi uma experiência incrível, e provavelmente os únicos anos em que me senti uma professora plena, respondendo a particularidades dos meus alunos, respeitando o melhor possível os seus ritmos, formas de aprendizagem, interesses, mesmo com um programa curricular exigentíssimo a cumprir, uma pandemia e exigências profissionais (papelada) e pessoais (filhos) a complicar o processo.

Assim, de um modo geral:

- Foi importantíssimo para mim fazer formação. Em definitivo, fazer formação realmente ajuda-nos a ser melhores professores e profissionais. As formações que fiz em Montessori ajudaram a preencher um grande vazio que eu encontrava entre as formações para docentes disponíveis em Portugal, que, a grosso modo, são sempre as mesmas desde que me lembro. Trágico para quem gosta de aprender, como eu. Sou, por isso, grata a tod@s os que, de forma tão generosa, partilharam conhecimento comigo: as mães Montessori de Portugal, Espanha, França, USA, etc. (somos uma comunidade), às formadoras AMI e de outras entidades, aos meus filhos que mostraram que, com este método e filosofia de vida, aprender torna-se fácil e motor de felicidade com sorrisos e brilhos nos olhos (algo que gradualmente deixei de ver nos olhos dos alunos desde Crato). A Pandemia trouxe a possibilidade de fazer formação online, e isso foi algo muito bom para levar Montessori a mais pessoas que desejavam saber mais.

- Garantir materiais Montessori ou Montessori Friendly, disponíveis aos alunos para aprendizagem, reforço de aprendizagem ou auto-aprendizagem, fez uma diferença astronómica na aprendizagem dos meus alunos. Despertou curiosidades, interesses, motivou para ambas as aprendizagens (formal escolar e informal - montessoriana), permitiu a descoberta do mundo a partir deste nosso meio rural e por vezes limitado, tornou a aprendizagem mais ativa, dinâmica e culturalmente interessante. 

- A interdisciplinaridade torna-se fácil. O mundo e as diferentes áreas (Matemática, Português, Estudo do Meio, Expressões, Cidadania, TIC) interligam-se pois, na realidade e no mundo, a sua separação é inexistente. Além disso, as crianças processam e aprendem muito melhor conteúdos interligados do que se pensa, pois nestas faixas etárias estão no 2.o Plano de Desenvolvimento e estão particularmente sensíveis a esta interligação (elas querem compreender o mundo).

- Nestes 3 anos, colegas de outras áreas: Ed. Inclusiva, Inglês, AECs, psicologia, educação social e educação artística passaram por esta turma e partilharam reflexões que considerei importantes para ajudar a compreender como a aplicação de príncipios da Educação Positiva e Montessoriana torna estas crianças diferentes, para melhor:

           - As colegas de Ed. inclusiva elogiavam a relação de proximidade que eu tinha com os meus 2 alunos com NEE e com os restantes. Afirmaram que a forma como eu trabalhava com eles (Montessori, trabalhos de grupo, trabalho igual em volta de histórias com fichas adaptadas aos diferentes níveis e graus de aprendizagem, projetos e alguma possibilidade de escolha de materiais e aprendizagens) realmente tornava-os mais recetivos à escola e à aprendizagem em geral, e eram claramente alunos felizes e incluídos.

           - A professora de Inglês, no final do ano, referiu que esta turma fora a melhor de se trabalhar, por características específicas e próprias da mesma: a facilidade de se fazer trabalho de grupo com verdadeira dedicação de todos os membros; esta turma, além de ter alunos bem educados e com vontade de aprender, era realmente uma equipa que funcionava pelo melhor de todos.

           - Nas AECs eles eram referidos como ativos, algo conversadores, mas aplicados e educados (crianças normais e felizes, portanto 😂😂😂 Àquelas horas, também já não se esperam milagres)

           - A psicóloga e a educadora social que fizeram alguns momentos de role-playing com a turma, ao nível da Educação Emocional, referiram que ficaram surpreendidas com o facto de que está fora a única turma que tiveram até ao momento em que a palavra ou a intenção de vingança nunca se revelou em nenhum momento.

Para mim, como docente, este feedback foi importantíssimo para reforçar a boa escolha do processo que escolhi para trabalhar com estes alunos.  Fiquei muito feliz pela escola, por mim, por Montessori, por eles e pelas suas famílias. Sem dúvida que este foi um grande trabalho de equipa, e que não faz sentido se de outra forma. 

As avaliações sempre revelaram que este é um processo positivo também. É claro que não tenho como saber se, num ensino tradicional, estes alunos não teriam tido na mesma as mesmas notas que tiveram com Montessori. É possível que tivessem iguais, não sei. O que sei é aquilo que vi: as notas foram, no geral, boas. As notas baixaram com os confinamentos devido às Pandemia. Ao ensino online falta a presença de todos os outros, a relação aluno-aluno-alunos-professor que tínhamos na escola, os materiais, a comunicação próxima, o recreio, a brincadeira. As famílias fizeram um esforço magnânimo, mas não ficou dúvida a ninguém: as crianças aprendem melhor e são mais felizes na escola, com todos e entre todos.

Se no início do trabalho com estes alunos houve alguma estranheza por parte de alguns encarregados de educação, no final o feedback foi positivo. Claro que nunca se vai agradar a todos. Há e haverá sempre encarregados de educação que consideram que o ensino tradicional é o único que funciona (aka, o melhor para tirar notas altas). Na verdade, é para esse ensino que estes alunos provavelmente irão, agora que saio desta escola e em que alguns transitaram para o 5o ano. O tempo dirá.

Mas, e usando as palavras positivas que me foram transmitidas pela maioria dos E.E., "os materiais foram uma mais valia para que os alunos percebessem melhor os conteúdos curriculares", "os trabalhos de projeto entusiasmaram e motivaram muito os alunos, principalmente durante os confinamentos", "as crianças aprenderam muito sobre computadores durante os confinamentos", "o meu filho nunca disse que não queria vir para a escola, ao contrário do primo, que anda numa escola de cidade e detesta a escola", "afinal a vantagem de ser uma turma mista é que, como eles ouvem as explicações da professora aos mais velhos, no ano seguinte é-lhes mais fácil porque já ouviram e até aprenderam no ano anterior", "com este trabalho que a professora fez com eles, eles adaptar-se-ão melhor a qualquer professor, seja mais tradicional ou com métodos diferentes", "esta é realmente uma turma unida e são muito amigos uns dos outros, e também aprendem muito uns com os outros", "são crianças que adoram a escola, que todos os dias querem vir para a escola e vêm entusiasmados".


Como será o meu próximo ano letivo? Não sei. Desta vez fiquei colocada numa realidade completamente diferente, quase oposta: cidade do norte do país, escola de turmas de um só ano letivo (o que confesso que me agrada, pois coordenar conteúdos curriculares de vários anos de escolaridade deixou-me exausta), escola moderna de salas pequenas, turmas grandes, recreio de betão quase sem árvores...

Como será que vai ser? Dizem-me que há abertura e desejo de formas pedagógicas diferentes, será que sim? E como resolver a falta de espaço duma sala pequena cheia de alunos? A ver vamos. No entanto, não desisto e aceito o desafio. Montessori faz de nós seres melhores. E é tudo o que desejo para o futuro da Humanidade ❤️🙏











❤️🙏 Gratidão, muita gratidão aos meus alunos-professores, ao Agrupamento em que estive nestes 3 anos e às famílias que me apoiaram. Nunca vos esquecerei ❤️❤️❤️🙏🙏🙏

Até breve!

terça-feira, 22 de junho de 2021

A 5a Grande História - Parte 2 (História da Geometria)

 Esta história aconteceu para introduzir a Medida.

Desde sempre contei aos meus alunos o porquê de existir um metro, decímetro, centímetro, etc, fazendo comparações inicialmente entre os seus palmos, pés, braços, etc. Aliás, acredito que todos nós, professores, o fazemos.

E tendo em conta as anteriores Grandes Histórias, os meus alunos não ficaram muito surpreendidos quando veio esta. 

Foi muito agradável contar esta história e eles acrescentarem factos das Histórias anteriores. Aliás, para eles foi muito fácil relembrar quem introduziu os símbolos para representar palavras e quantidades, quem criou o alfabeto, a numeração, etc. Isto porque, em todas as Grandes Histórias, fazemos um resumo inicial das anteriores para lhes dar uma perspectiva de evolução do tempo e valorizar as descobertas humanas, assim como ajudar a compreender alguns comportamentos menos positivos nos povos antigos (por exemplo, as guerras).

Desta vez focámo-nos nos egípcios, que precisavam medir com o máximo de correção os seus campos, para evitar pagar impostos de áreas que não eram deles.  

A corda com as medidas 3, 4 e 5 metros entre os nós forma um triângulo retângulo que permitia aos agrimensores marcarem os campos das margens do Nilo após as cheias.

Para apoiar, encontrei desenhos muito bons nestas amostras gratuitas do currículo The Good and The Beautiful (espreitem nas sample pages, façam o download e é só imprimir os desenhos) que ajudaram a perceber e imaginar a vida naqueles tempos, assim como visualizar os campos bem definidos.

O pequenos perceberam então o porquê da palavra Geometria = Geo- Terra e Metria-Medida. Está história torna-se importante porque assim os pequenos entendem o porquê do estudo de figuras e sólidos geométricos, das medidas e do cálculo das áreas e volumes. Na verdade tem tudo a ver com medir a Terra, com as formas que existem no Mundo e na Natureza, e com as necessidades humanas de criar e relacionar quantidade a medidas, para melhor calcular custos e ganhos. E esta relação nem sempre é bem compreendida pelos pequenos, exatamente pela falta de contextualização histórica.

Montessori dá-lhes esse entendimento e permite essa interligação e compreensão 😊😊😊

Mas depois não se admirem se eles gostarem ainda mais de História (do mundos, de Portugal, de outros países, etc). É com o conhecimento e compreensão do passado que podemos avançar conscientemente para o futuro. 

Como estava a chover nesse dia, infelizmente não fomos para o parque fazer estas medições, e fizemos na nossa sala. Não consegui tirar fotos porque estive a orientar os alunos no uso da corda de nós. Mas ficam aqui os materiais que usei para esta História 😊



Aproveitei para finalmente levá-los a descobrir como escrever o seu nome com hieróglifos. Foi engraçado ouvi-los concluir "Era difícil! É melhor escrevermos como nós tempos de hoje!" Lol! 

Encontrei ainda, neste site aqui, algumas fichas de revisões de multiplicação e divisão (que modificamos para a nossa divisão) temáticas do Egipto, que ajudaram a dar um pouco mais de continuidade à história 😊





Os miúdos acham o máximo a esta sequência de sarcófagos até se chegar às múmia!

Mais uma vez, foram momentos muito interessantes, com uma maior participação deles, que, dadas as suas investigações e curiosidades, já sabiam algumas partes desta história! É mesmo muito interessante observar todo este processo. Sem dúvida que as Grandes Histórias vão fazer parte da minha Prática Pedagógica por muito tempo. A riqueza, cultura e o conhecimento que acrescem aos alunos é tremenda!

Após esta História, a Medida. Não tenho fotos de tudo, claro (as aulas têm de ser dadas na mesma, mesmo com a autonomia da descoberta em Trabalhos de Projeto e Aprendizagem Autónoma, penso que é importante referir que os alunos ainda precisam de aulas. Olhando e observando os meus alunos, a meu ver alguns precisam mesmo, pois vai de encontro com o seu modo de aprendizagem. Aliás, vocês podem descobrir o vosso modo de aprendizagem aqui! Qual é o vosso?)










Até breve! 😉



quarta-feira, 16 de junho de 2021

6 anos

 "Mãe, queres que lave a loiça?"

"Mãe, eu já sei cuidar de mulheres e fazer bem o meu trabalho" 🥰🥰🥰🥰🥰🥰

Montessori em ação ❤️🙏🙏🙏



Guiões de Experiências para o 1.º Ciclo - Imprimíveis Grátis

Baseados nas experiências dos Guiões Didáticos do M.E. https://www.dge.mec.pt/guioes-didaticos-eb

No 2.º Plano de Desenvolvimento, são importantes as experiências, pois ajudam a despertar a curiosidade, a escolha e decisão, e acima de tudo a autonomia. Uma vez que as crianças já sabem lavar loiça e cuidar do ambiente, pode-se deixar disponível vários materiais necessários para a realização destas experiências de modo autónomo (assim como as, por exemplo, dos manuais), solicitando apenas que os lavem e devolvam ao lugar após a realização da experiência. 

Os meus alunos adoram fazer experiências, e é frequente levarem esse processo para casa e repetir para a família. Crianças são cientistas natos :)

Este material é originalmente dos Guiões Didáticos do M.E., mas achei necessário adaptar às minhas necessidades pedagógicas. Algo que acrescentei neste material foi a justificação dos processos ocorridos nas experiências, mas apenas visível com um filtro vermelho, de modo a que as crianças realizem primeiro as experiências e recorram a essa explicação no fim, permitindo uma aprendizagem mais autónoma e o controle de erro tipicamente montessoriano.

Usufruam :) <3

Experiências de Flutuabilidade




Fotos tiradas no Dia de Aulas ao Ar Livre, com experiências no parque próximo da escola.

Sei que não está com a melhor arrumação, mas é totalmente gerido pelos alunos. Materiais para experiências e expressões :)

Até breve :)



domingo, 18 de abril de 2021

História de Portugal com as canções da Maria de Vasconcelos

Estão mesmo fantásticas, e os pequenos adoram!

No nosso caso, a turma revelou particular gosto e interesse por continuar a aprender História de Portugal com este recurso, pelo que temos explorado bastantes músicas e estamos a planear a construção de um teatro-musical usando estas canções como base para fazer uma apresentação em vídeo para substituir a Festa de Final de Ano Letivo. Será que eles vão manter o interesse e a persistência?

As músicas são estas, deste link. As canções estão intercaladas com explicações temporais, contadas pelas filhotas da Maria de Vasconcelos.


https://www.youtube.com/watch?v=6LbKvAYSn9s&list=OLAK5uy_nPdxXNG-kffNhp9zdtLAfbxECc0LMybyo


Deixo aqui as letras das canções, que usei também como forma de ditado de palavras e trabalho de concentração.

1 - Era uma vez uma Península (Os Primeiros Povos)

2 - E nasceu Portugal (Afonso O Conquistador)

3 - D. Dinis (O Rei que fez tudo o que quis)

4 - São Rosas, Senhor (Rainha Santa Isabel)

5 - Sempre (D. Pedro e D. Inês)

6 - Mar Adentro

7 - Donos do Mundo (De D. Manual ao Cardeal)

8 - De Espanha nem bom vento nem bom casamento...

9 - Pó de Arroz, Perfume, um Terramoto e um Leão (De D. João V ao Marquês)

10 - As Invasões Francesas e as Expressões Idiomáticas Portuguesas

11 - Voltar para Casa (revolução liberal e guerra civil)

12 - Modernices (O Modernismo)

13 - Os Reis Passaram à História

14 - E depois do Adeus e Grândola Vila Morena

E são estas que temos, por agora. Irei atualizando.

Até breve!

sábado, 10 de abril de 2021

Livros todos do mesmo tema ou não? Livros todos de inspiração Montessori ou não?

A resposta mais correta provavelmente centra-se em: depende da criança, depende da idade, depende dos interesses e, provavelmente, depende da família, da disponibilidade que esta tem para rodar os livros, para os ler, etc, etc, etc.

Na nossa família, é pouco o tempo para grandes alterações de estantes, livros, etc. Então, talvez seja por isso que cada vez mais dou menos valor às estantes temáticas e a livros todos do mesmo tema. 

É certo, nós gostamos de ver as estantes com temas, na verdade acredito que ajudam as crianças a organizar ideias, a segmentar conhecimentos, mas... Será mesmo assim que aprendemos? 

Na minha observação dos meus alunos do 1o ciclo, a diversidade de curiosidades raramente são simples ao ponto de dar para fazer estantes temáticas. Claro que as faço, de acordo com os conteúdos curriculares que ainda tenho de trabalhar. Mas os interesses destes gaiatos são tão variados que precisaria de fazer uma estante para cada um, lol! Mas bem, eles estão no 2o Plano de Desenvolvimento, pelo que processam o mundo de outra forma!

Mas será que em casa é muito diferente? Ambos os meus filhotes passaram bem sem estantes temáticas até aos 3 anos. Depois nota-se bem uma certa explosão de curiosidades, interesses, diferentes necessidades. Daí que as estantes temáticas parecem boa ideia, porque assim aprofunda-se um pouco mais um dado tema. Mas desde que o mais velho fez os 5 anos, parece que as estantes temáticas são mais obstáculos que aprendizagem: já vos aconteceu eles pedirem exatamente por livros/materiais/brinquedos que não estão na estante? Que até já estão guardados há algum tempo, há mais de 2 ou 3 rotações de materiais atrás?

Cá em casa isso acontece muito. Foi por isso que comecei por deixar de escolher apenas livros temáticos para a biblioteca deles. Conforme os temas vão rodando (quando conseguimos ter realmente temas 🤪🤪🤪), os livros mantém-se na biblioteca. Inicialmente mantenho os livros temáticos nas estantes temáticas, mas estes acabam sempre por ir para à biblioteca (eles levam para lá, de tanto saberem que o lugar deles é nela ☺️☺️☺️ )

E quando os livros começam a deixar de despertar interesse, troco por outros que tenho guardados.

Foi este post da Nicole Kavanaugh que me fez despertar para esta ideia. E se repararmos bem, é raro também a Nicole ter estantes temáticas. Ela flui muito em volta dos interesses dos seus 4 filhos, e para quem tem mais que uma criança em casa, pode ser uma grande ajuda para compreender que tais estantes e apenas livros temáticos NÃO SÃO nem obrigatórios, nem necessariamente Montessori.

Montessori é ir de encontro com a criança. Às vezes, uma boa história oral de como a mãe e o tio brincavam quando eram pequenos, as aventuras vividas na infância desses tempos, histórias de como eles eram quando eram bebés ou então pequenos contos orais sobre animais e seus ciclos são suficientemente adequadas para trabalhar certos temas ou simplesmente ir de encontro a curiosidades - principalmente pelos 5 anos, pelo que estou a ver.

Claro que Montessori é também dar suficiente realidade para a aprendizagem de alguns conceitos/ideias que os pequenos procuram, e isso consegue-se através dos materiais e livros. Os temas ajudam a interligar tudo mas, mais uma vez, não é fundamental fazer tudo pandam 🙂 Vida real é bem diferente que as fotos do Instagram e outras equivalentes. Não ter tempo nem dinheiro para fazer estantes super lindas não é obstáculo para fazer Montessori em Casa. 

Nas alturas mais atarefadas, já fico feliz quando eles ajudam a lavar e a cortar legumes ou fruta para uma refeição, lavar os seu prato, quando ajudam a pôr a roupa a lavar e a secar, quando até arrumam algumas peças nos seus armários e lavam os dentes sem eu ter de andar atrás deles para isso. E procuram livros. Os livros trazem-nos mundos. Então, variedade traz-nos mais mundos do que muito sobre o mesmo. 

E é aqui que também insiro a ideia de que também não é errado ter livros não-Montessori na estante. Embora tenha seguido mais as orientações montessorianas para os primeiros anos de vida dos meus filhos, conforme eles vão fazendo uma melhor distinção entre realidade e fantasia, não resisti a colocar na estante outros livros com boas mensagens. Porque, quem realmente resiste à mensagem deliciosa do "Adivinha quanto eu gosto de ti"??? E ao belíssimo ratinho poeta "Frederico"? 

Estes livros não montessorianos porque os animais falam ajudam ainda a realizar aquele diálogo que vamos ter muitas vezes nesta fase dos nossos filhos: "Sabes que os animais não falam, não sabes? A nossa cadela não fala, as nossas gatas não falam... Então, os animais falarem é uma fantasia, que podemos imaginar com a nossa imaginação. Mas não é real! A parte boa é que, com a imaginação, podemos imaginar coisas que podem não acontecer e isso ser muito divertido!" - e daqui iremos para o - "Sabes que este filme não é real, não sabes? Estas pessoas são atores que fazem este filme, para que as pessoas se descontraiam ao vê-lo, mas ele não aconteceu realmente. É a imaginação das pessoas que nos faz fazer estes filmes, estas histórias, para ser divertido assistir..." - e assim sucessivamente :)

Até breve,

Ana


segunda-feira, 5 de abril de 2021

Projeto Nova Biblioteca + algumas atividades

 


Já estávamos a precisar de aumentar a nossa biblioteca há n. E este móvel que compramos numa loja de mobiliário em 2.ª mão já cá andava a pedir nova vida há n também, e a lata de tinta comprada no Lidl estava à espera há meses. Foi desta!

Com uma mãozinha (mãozona) dos pequenos!

Primeiro lavaram a estante, e aqui estão com um esfregão de palha de aço a retirar os autocolantes de dinossauros que aqui colocaram há uns tempos atrás.

E começou! Eles adoram pintar. É certo que não estavam a pintar como profissionais, mas lá foram fazendo, e depois eu, claro, retoquei. A estante é para eles, logo eles adoram envolver-se nestas coisas!

Ela, de 3 anos, revelou uma resistência incrível, não largou a estante até ter pintado tudo. 

Dei eu a 2.ª e 3.ª demãos. Mas eles ficaram tão orgulhosos do seu trabalho!
Foi lindo eles hoje chegarem da escola e:

UAU!!!


Estamos felizes por ter mais espaço para estes nossos amigos :)

Algumas atividades de primavera:

Este fizemos juntos.

Este fizeram só eles ❤️❤️❤️






Estas atividades pertencem ao Spring Mega Burle aqui: https://www.mymegabundles.com/ 
Já vos falei antes deste recurso, que tem sido um salva-vidas em tempos de pandemia e sem tempo para nada. Imprimo as atividades e eles fazem. Super Montessori Friendly, como podem ver no link. Aliás, a maioria das atividades são mesmo feitas por montessorianas. Talvez por causa dos câmbios, desta vez ficou-me mais caro: 28€. Ainda assim, continuo a pensar que compensa. Mas se não quiserem gastar tanto, podem sempre ver qual a atividade que mais gostam e podem ir às página do autor comprar esse especificamente.
Até breve!